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Justiça de Nanuque unifica julgamentos de ações contra Copasa

As ações tratam do desabastecimento de água ocorrido entre 2020 e 2023 em Serra dos Aimorés

Justiça de Nanuque unifica julgamentos de ações contra Copasa
Por: EM TEMPO
postado em 14 de novembro de 2025

Diante do grande número de ações judiciais que discutem falhas no fornecimento de água em Serra dos Aimorés, juízes da Comarca de Nanuque decidiram adotar uma medida conjunta para agilizar a tramitação desses processos. O grupo instituiu o Ato Concertado nº 01/2025, mecanismo de cooperação entre unidades do Judiciário previsto no Código de Processo Civil.

O instrumento permite que diferentes juízos atuem de forma coordenada na gestão e julgamento de causas semelhantes. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a prática busca garantir maior uniformidade nas decisões, segurança jurídica e rapidez na análise dos casos.

Justiça de Nanuque unifica julgamentos de ações contra Copasa

Forum de Nanuque - (Crédito: Riva Moreira/TJMG)

As ações tratam de pedidos de indenização por danos materiais e morais relacionados ao desabastecimento de água ocorrido entre 2020 e 2023, atribuídos à Copasa. Os processos estavam espalhados entre a Justiça Comum e o Juizado Especial da Comarca de Nanuque.

Com base nos artigos 67 a 69 do CPC e na Resolução nº 350/2020 do Conselho Nacional de Justiça, os magistrados definiram que todas as ações sobre o tema passarão a ser decididas pela Unidade Jurisdicional do Juizado Especial, que recebeu a primeira demanda com causa de pedir semelhante. A centralização valerá até a sentença e o julgamento de eventuais embargos, embora o cumprimento das decisões permaneça nas varas de origem.

As Varas Cíveis deverão encaminhar ao Juizado Especial a relação completa dos processos atingidos.

Marcela Amaral Novais, juíza auxiliar da Presidência do TJMG e coordenadora do Núcleo de Cooperação Judiciária, destacou que a medida busca otimizar a tramitação de casos repetitivos. “Os atos concertados reúnem feitos que tramitam, por livre distribuição, em juízos distintos. Com a centralização em uma única unidade jurisdicional, garantimos uniformidade nas decisões, mais segurança jurídica, agilidade no processamento e maior eficiência”, afirmou.

Com informações DIRCOM/TJMG