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Copom eleva taxa Selic em 1 ponto, para 14,25% ao ano, e prevê ajuste menor à frente

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Copom eleva taxa Selic em 1 ponto, para 14,25% ao ano, e prevê ajuste menor à frente
Por: infomoney.com.br/
postado em 20 de março de 2025

O Comitê Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (19), como esperado, elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Foi a terceira alta seguida nessa magnitude, dentro de um ciclo de elevações que começou em setembro passado. A decisão foi unânime entre os integrantes do comitê.

A taxa de juros igualou assim o nível observado entre o final de julho de 2015 até outubro de 2016, período marcado pela crise econômica e política que culminou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Caso o BC opte por algum novo aumento na próxima reunião, a Selic alcançará o maior patamar em quase 20 anos.

O Comitê comentou no comunicado que cenário mais recente é marcado por “desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”.

O comunicado informa ainda que, “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Nas projeções para a inflação à frente, houve ligeira redução na projeção do IPCA fechado de 20025, de 5,2% (pela estimativa da reunião de janeiro) para 5,1%. Para os preços livres, a projeção foi elevada de 5,2% para 5,4%, enquanto a previsão para os preços administrados recuou de 5,2% para 4,3%.

Já as estimativas para a inflação no terceiro trimestre de 2026 caíram, de 4,0% para 3,9% no IPCA cheio. A variação dos preços livres foi mantida em 3,8% e a dos preços administrados recuou de 4,6% para 4,2%.

Imagem: divugação