O vereador Dário Medina Guedes (PP), da cidade de Palma, na Zona da Mata mineira, foi preso na tarde de segunda-feira (4), suspeito de tentar matar a esposa com uma garrucha.
Dário Medina Guedes — Foto: Câmara Municipal de Palma/Reprodução
Segundo a polícia, o político, de 44 anos, estava inconformado com o fim do casamento e parou a companheira na Rua Francisco Paula Pinto, no Centro da cidade, para conversar. No entanto, a mulher, de 35, se recusou a falar com ele e foi empurrada no chão.
Dário Medina ainda teria sacado a arma, encostado no peito dela e puxado o gatilho três vezes, mas ela não disparou, conforme a PM. O homem fugiu do local após a tentativa de crime, mas se entregou à delegacia acompanhado do advogado.
O vereador foi preso em flagrante e está no presídio de Muriaé, onde aguarda a audiência de custódia, ocasião em que o juiz decidirá se ele permanecerá detido ou não.
Em contato com a TV Integração, o advogado dele, Filipe Inácio Magalhães da Silva Paula, disse que "entende que a prisão preventiva, neste caso, não é necessária, uma vez que não há qualquer risco concreto à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, caso o vereador permaneça em liberdade". Confira a nota completa mais abaixo.
Na Câmara de Palma desde 2016, Dário Medina não conseguiu se reeleger para o próximo mandato e está como suplente, após obter 104 votos.
Foi realizado contato com o Legislativo, que informou que aguardará as investigações.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi encaminhado à 35ª Delegacia de Palma, e a autoridade policial solicitou medida protetiva para a vítima, além de ratificar o flagrante do vereador.
Nota da defesa de Dário Medina Guedes:
"O advogado Fillipe Inácio Magalhães, que patrocina a defesa do Vereador DARIO MEDINA GUEDES, esclarece que recebeu com surpresa a decisão judicial que decretou a prisão preventiva de seu cliente. É importante ressaltar que o vereador Dario Guedes é primário, possui bons antecedentes e, em todo o tempo, demonstrou um firme compromisso em colaborar com as autoridades judiciais, sem qualquer intenção de obstruir o andamento do processo. Ao longo de sua trajetória, tem se pautado por atitudes responsáveis e transparentes, sempre em conformidade com a lei. A defesa entende que a prisão preventiva, neste caso, não é necessária, uma vez que não há qualquer risco concreto à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, caso o vereador permaneça em liberdade. O vereador tem demonstrado, de forma inequívoca, seu respeito à justiça e sua disposição em colaborar para o esclarecimento dos fatos. Portanto, a defesa acredita que a liberdade de Dario Guedes não representa perigo algum, seja para a ordem pública, seja para o regular andamento do processo, entende que a revisão da decisão com a consequente revogação da prisão preventiva seja a atitude mais acertada, a defesa, informa, ainda, que irá buscar os meios legais para tanto. Reiteramos por fim o compromisso do vereador em seguir colaborando com a justiça, no intuito de que o devido processo legal se desenrole de forma justa e equilibrada."