A crise financeira que se abateu sobre o Brasil, ao longo do governo Lula, já afeta as Forças Armadas. A crise é tão contundente que a Força Aérea Brasileira (FAB) não tem dinheiro para abastecer e fazer manutenção nas aeronaves que servem altos funcionários do governo que viajam pelo país a serviço.
Apuração aponta que sete aviões para uso oficial estão parados por falta de combustível e manutenção. (Foto: Ten. Enilton/FAB)
A razão da crise foi atribuída ao governo do presidente Lula (PT) que bloqueou R$ 2,6 bilhões do orçamento do Ministério da Defesa. O impacto foi tão grande que autoridades do alto escalão já fazem fila nos aeroportos brasileiros para usar voos comerciais – a informação foi publicada no jornal Folha de S. Paulo na quarta (25). A FAB conta com dez aeronaves para uso de funcionários do alto escalão. Entretanto, sete estão parados pela falta de manutenção e de combustível.
A Força aérea informou que as restrições enfrentadas impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo ciclo de operação e manutenção da frota, segundo a Folha.
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A FAB disse ainda que há falta de lubrificantes, peças de reposição para reparos em motores. Isso, segundo a Força Aérea, compromete a plena disponibilidade dos meios, o que traz dificuldades no cumprimento da missão.
A crise se atingiu a rotina de ministros e autoridades, forçando-os a usarem voos comerciais. Segundo a lei, somente titulares de pastas estratégicas como Justiça, Fazenda, Casa Civil e Defesa, têm preferência na hora de usar os aviões. Presidentes do Senado e Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal têm prioridade na hora de requisitar aeronaves.
Segundo o jornal Gazeta do Povo a situação pode piorar com a derrubada do decreto que aumentava os impostos do IOF pelo Congresso, numa derrota do governo para aumentar as receitas. Com isso, há uma expectativa de novo bloqueio orçamentário que pode atingir a cifra de R$ 10 bilhões.
“Sabemos que é, sim, uma derrota para o governo, mas foi construída a várias mãos. Porque a Câmara deu uma votação expressiva, o Senado daria também uma votação expressiva. Acho que agora é hora de conversarmos mais e construirmos as convergências necessárias para o Brasil. Nós mais ajudamos o governo do que atrapalhamos. Acho que nós só ajudamos e, em alguns pontos como esse, nós divergimos”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) após a votação.