O empresário Roberto Paiva de Menezes, aos 46 anos de idade, foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Nanuque pela Câmara Municipal. A iniciativa, segundo a própria Câmara, foi plenamente justificada pela capacidade desenvolvimentista do homenageado no campo do empreendedorismo.

Roberto lembra que mudou para Nanuque há 20 anos. Nessa época, ele administrava uma fazenda de sua propriedade em Montanha (ES) e em Nanuque, fundou uma fábrica de vassouras. 

Ele conta que ao chegar em Nanuque, conheceu Francielle com quem se casou e dessa união nasceram Pedro (16 anos) e Maria (12 anos).

Já com o Grupo Reunidas consolidado e com seu espírito empreendedor, Roberto resolveu partir para outro segmento – a instalação de um posto de gasolina na cidade cujo propósito não era outro, senão o de oferecer produtos e serviços de alta qualidade.

Para falar de sua trajetória e de seus planos para o futuro, ele recebeu a reportagem do EM TEMPO.

EM TEMPO – O senhor administra várias fazendas da família. O que o levou a diversificar sua área de atuação ao inaugurar um posto de gasolina?

ROBERTO – Eu entendi que mais um posto de gasolina na cidade era muito bem-vindo. Então, procurei informações sobre as bandeiras existentes no mercado para estabelecer uma parceria que pudesse privilegiar o consumidor. Ao definir a bandeira, iniciamos o trabalho da construção e instalação do estabelecimento. Entendo que fizemos um bom negócio. Nossa parceria trabalha para satisfazer todos os lados envolvidos e principalmente o cliente que nos procura para usar os nossos serviços.

EM TEMPO – Hoje com o posto em funcionamento, o senhor entende que valeu a pena o investimento?

ROBERTO – Sim. Estamos plenamente satisfeitos com os resultados obtidos até agora. O cliente que usa esse tipo de serviço tem nos dado esse feedback. Por conta disso, já está em andamento a implantação de nosso segundo posto de gasolina e desta vez, a cidade contemplada será Carlos Chagas. 

Roberto Paiva recebeu do vereador Lot Ignácio a Comenda da Cidadania - Foto: Iusk produções

EM TEMPO – O senhor foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Nanuque pela Câmara Municipal. O que esse título significa para sua vida?

ROBERTO – Significa muito. Tenho orgulho de ser parte integrante desta cidade. Nela faço negócios com o propósito de desenvolve-la e a Câmara, através do vereador Lot Ignácio de Souza, entendeu que seria oportuno apresentar esse Projeto de Resolução para me conferir a cidadania. Isso me deixou feliz e agradecido e digo isso em meu nome e no nome de minha família que aqui vive e ama esta terra. Assim que me estabeleci em Nanuque, conheci a Francielle, filha desta terra, e com ela me casei. Deste relacionamento nasceram o Pedro e a Maria que completam a felicidade da minha casa.

Roberto Paiva no evento de entrega do Título de Cidadania - Foto: Iusk produções

EM TEMPO – O senhor escolheu esta terra para viver. Como foi que tudo aconteceu?

ROBERTO – Eu nasci em Vila Velha (ES). Vim para cá ainda moço, aos 20 anos de idade e me estabeleci na cidade de Carlos Chagas para posteriormente vir para Nanuque. Aqui fundei uma fábrica de vassouras enquanto administrava minha fazenda de Montanha (ES) e fui engatilhando os negócios que, graças à Deus, prosperaram. Enquanto o tempo passava, fomos adquirindo terras para desenvolver a pecuária leiteira e de corte. Hoje o grupo conta com 17 fazendas e nelas cuidamos de cerca de 10 mil cabeças de gado.

"NANUQUE TEM POTENCIAL PARA SUPERAR CRISES E ENTRAR NA ROTA DO DESENVOLVIMENTO"

EM TEMPO – A pecuária no Vale do Mucuri passou por um processo de desenvolvimento muito grande ao sair de uma cultura amadora para um profissionalismo de alto nível e que levou o nome da região a todos os rincões brasileiros. A que se deve essa transformação?

ROBERTO – Eu diria que o pecuarista foi percebendo que teria de buscar o aperfeiçoamento para obter melhores resultados. O agronegócio brasileiro sofreu mudanças radicais na segunda metade dos anos 70 com a política implementada pelo então ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli. A partir de então, o produtor rural foi obrigado a optar por investir na melhoria de seu sistema de trabalho para não ficar desatualizado e por fora das exigências do mercado. E também, em nível regional, tem o Lutz Viana Rodrigues que iniciou um trabalho de conscientização para buscar a excelência de plantéis do gado leiteiro. Ele foi fundamental porque sua iniciativa, através de pesquisas, despertou o interesse dos fazendeiros que foram aperfeiçoando e aumentando a produtividade de seus rebanhos. Baseado nisso, começamos, em parceria com o Laticínios Davaca, a melhorar a genética de nosso plantel para aumentar o nível de produção de leite. Hoje, o gado leiteiro desta região supre abundantemente a demanda exigida pelas indústrias lácteas que temos. Por conta disso, somos conhecidos em todo o Brasil pela qualidade de nossa genética.

EM TEMPO – O Grupo Reunidas – hoje consolidado no Vale do Mucuri –, segundo suas palavras, está em franco crescimento. Qual a produção de leite ordenhado em suas fazendas?

ROBERTO – Nossa produção atinge diariamente cerca de 5 mil litros que são vendidos para o Laticínios Davaca em Ibirapuã (BA). Além disso ainda temos o gado de corte que é repassado para os frigoríficos.

Francielle, Roberto e os filhos Maria e Pedro - Foto: Iusk produções

EM TEMPO – Mas o que levou o grupo a uma produtividade a nível de excelência?

ROBERTO – Eu diria que nossa preocupação inicial foi investir no aperfeiçoamento da genética, isso foi fundamental e o que é mais importante, somos conhecidos em todo o território nacional pela excelente qualidade de nossa genética. Nós distribuímos para todo o Brasil o material produzido através dessa genética. Trabalhamos com as raças Gir, Girolanda e Nelore cujos animais nos proporcionam bons resultados.

EM TEMPO – Qual a melhor opção para o produtor rural que está iniciando agora ao se deparar com a escolha entre confinamento e semiconfinamento para obter maior produtividade?

ROBERTO – Aqui no Brasil é o semiconfinamento. O gado fica solto na manga, mas recebe um suplemento alimentar através de um cocho. Isso é plenamente aceitável e produtivo na hora de contabilizar os lucros da propriedade. Portanto, o semiconfinamento é o ideal.

EM TEMPO – De acordo com o último censo, a população de Nanuque diminuiu em quase 5 mil habitantes. O que está acontecendo?

ROBERTO – Realmente houve essa diminuição. Penso que a causa é a falta de oportunidade de emprego para a população, mas a cidade está crescendo economicamente e as expectativas que temos é que em breve, a linha da estatística deverá subir para um patamar mais aceitável. Nanuque tem grandes possibilidades de reverter esse quadro e nós acreditamos nisso. Até porquê, volume só faz barulho. Eu acho que Nanuque tem um potencial muito grande pela sua localização. Nanuque precisa de um grupo político que foque no desenvolvimento. Temos Frisa, Honda, Dasa, Alcana e outras empresas que têm segurado a economia da cidade. 

EM TEMPO – Veja que Nanuque nos anos 50 e 60 era uma cidade que possuía um frenesi econômico que apontava para um futuro promissor. No entanto, com o passar do tempo, a cidade foi caindo no ostracismo para chegar ao ponto em que estamos. Como o senhor analisa essa situação?

ROBERTO – Olha, tudo isso é provocado por uma crise mundial. Minha visão é de que as coisas estão voltando devagar e a geração de empregos para uma melhor distribuição de renda será inevitável. Isso é um processo. Não é da noite para o dia que as coisas vão acontecer. O reflexo foi muito grande de tudo o que aconteceu nos últimos anos.

EM TEMPO – Conforme o senhor falou, tudo isso é gerado pelas políticas econômicas do Governo Federal. Ele é quem sinaliza os rumos que o país deve tomar através projetos, incentivos e medidas que propiciem a busca do crescimento. Como o senhor está vendo as iniciativas deste governo? 

ROBERTO – Um governo no Brasil fica no poder por 4 anos, com direito a reeleição. O atual governo está apenas há 1 ano gestando o país. Ainda é cedo para se dizer alguma coisa. Acredito que ninguém quer chegar ao poder para atrapalhar a vida da nação. Todos querem, de algum modo, beneficiar o seu povo com iniciativas que melhorem a vida das pessoas. Esta pergunta poderá ser melhor respondida no final de 2026.

EM TEMPO – O agronegócio continua produzindo para continuar equilibrando a balança comercial brasileira? 

ROBERTO – Claro e a todo vapor como antigamente. Agora estamos passando por imensas dificuldades não por conta do governo que está aí, mas por conta do reflexo da pandemia e de sucessivas crises da economia mundial. Isso tem prejudicado substancialmente a economia de todo o planeta. 

EM TEMPO – E quanto ao Governo do Estado? 

ROBERTO – Minas está dando um show. O governador Romeu Zema simplesmente colocou as contas do Estado em dia e o cenário de momento é que já estamos decolando rumo ao desenvolvimento pleno. Até parece que Minas está separado do Brasil. O que está acontecendo aqui, a exceção do estado de São Paulo, não acontece em nenhum outro estado brasileiro. Pelo seu tamanho, pelo seu desenvolvimento, considero Minas Gerais com o status de um país. Abaixo de São Paulo, Minas é quem está se sobressaindo.    

EM TEMPO – Em dezembro há comemorações, aniversário da cidade, Natal e festejos de Ano Novo, o que o Grupo Reunidas tem a dizer?

ROBERTO – Nós do Grupo Reunidas, desejamos a todos os amigos e clientes, um Feliz Natal e que o ano de 2024 chegue com ótimas e prósperas realizações.

Para Nanuque, que completará 75 anos de emancipação política no dia 27, esperamos que continue acolhedora e pujante, pois nós, já fazemos parte de sua maravilhosa história.

Aproveitamos para convidar àqueles que ainda não conhecem o Posto Reunidas, que venham verificar nossos serviços de abastecimento com combustíveis de alta qualidade, Ale Express, entreposto e a franquia Açaí Concept.

Fotos: Iusk produções